Maracanã

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domingo, 28 de setembro de 2008

Tereza e Diana, 10 anos sem elas na Terra ( em 2007)




09 de Setembro de 2007


Uma coincidência me intrigou, precisamente há 10 anos, quando perdemos quasesimultaneamente, duas mulheres que a mídia nos trazia diariamente, sob olharesmúltiplos, e, elas, antes de partirem, tinham estado juntas, como um prenúnciomisterioso do futuro encontro nos céus dos sonhos que cultivaram enquantoviveram no planeta Terra. Houve tempo para que ajudassem e muito aos sofredores do mundo. Madre Tereza nos deixou em 5 de Setembro de 1997 e a Princesa Diana partiradias antes, em 31 de Agosto. Recorro a um texto de autoria do estudioso espírita Divaldo Franco pararememorar o encontro das duas, nesta e noutra vida, se for o caso. Ele nosconta: "Certo dia, a princesa Diana, vai procurar madre Teresa de Calcutá,abrindo-lhe o coração. Falou-lhe de suas angústias, do vazio que sentia em seuíntimo, muito embora, a sua, fosse uma vida de glamour. E confessou-lhe odesejo de fazer parte de sua ordem religiosa. A madre comoveu-se ante o relato, cheio de ternura e confiança, e viu muitadoçura e bondade na alma daquela mulher simples, porém muito rica e famosa. E com grande carinho, buscou orientar-lhe, disse-lhe que ela era uma princesa e,como tal, não poderia pertencer à sua ordem religiosa, de extrema pobreza.Então, a madre lhe disse: - Diana, você pode doar esse amor as crianças indefesas. Na sua posição, vocêpode auxiliar multas delas, que sofrem... a caridade pode ser exercida, emqualquer lugar onde nos encontremos...

A princesa voltou para o seu palácio e daí, em diante, dedicou-se a visitarcrianças vítimas da aids, essa enfermidade tão cruel, e auxiliou, com enormecarinho, crianças mutiladas pelas minas das guerras... desde então, encontrou aalegria de ser útil, o prazer de servir. Md. Teresa tudo acompanhava pelos informes da tv, da imprensa. E entreaquelas duas mulheres, elos de amor passaram a existir. O tempo correu. Alguns meses depois, a princesa, amiga dos sofredores, a rosada Inglaterra, como era conhecida mundialmente, veio a desencarnar num acidenteque chocou a todos. A madre, muito abalada, ao saber do fato, apressou-se a tomar providências e acancelar compromissos, a fim de comparecer ao funeral, dias depois: Algo, porém,alterou-lhe os planos. Sua saúde, muito instável, levou-a à cama. Alguns diasse passaram, e madre Teresa veio também a falecer." Diana e Teresa cumpriram, ambas, missões aparentemente díspares, no mundo doshomens,mas, se é que se pode definir assim, legaram exemplos de superação dassuas vidas pessoais, dedicando-se a causas dos que precisavam de abraços,carinho, aconchego, compreensão, olhar de afeto, mãos amigas. Agora, que relembramos os dez anos passados sem as duas, por aqui, na verdade,as temos presentes, e me pergunto ainda, qual terá sido o momento mais preciosoda troca das suas energias, dentro ou fora dos seus corpos, quando se viramdiante de um misterioso destino que as uniu em amor ao próximo, em vivênciasidentificadas com a pobreza e a injustiça, ou, que, num gesto de desprendimentoespiritual, ultrapassaram distâncias aparentes para lembrar aos seres humanosque não importa quem sejamos, mas sim o que podemos fazer diante da injustiça eda dor que acomete a humanidade em seres palácianos em moradores de rua. Teresa e Diana, duas mulheres do nosso tempo, e duas almas que, em algummomento se completaram no mistério da doação para nos trazer tanta reflexão , mesmo dez depois que se foram. aparecida torneros

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