Maracanã

Maracanã

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O beijo de Ideli e Sarney...em pleno plenário? na plenitude da vida parlamentar...




O beijo de Ideli e Sarney...em pleno plenário? na plenitude da vida rlamentar...

Bem, senhores, sou uma mera cronista, não sou julgadora de costumes, nem tampouco contra os beijos. Deles, até conservo certo gosto bom, diga-se de passagem, porque os respeito, uma vez que são expressão humana concretamente sensual e carinhosa. Mas, motivos há para beijar alguém na emoção, e isso, quem atira a primeira pedra?, experiencialmente, até a própria razão desconhece...

A razão dos outros, claro, porque a razão de quem beija, ou no escurinho do cinema, ou na claridão do Congresso Nacional, deva ser motivo de alguma CPI, comissão pesquisadora de impulsos, para que se entenda o que o Zuenir Ventura classificou, magistralmente, na sua coluna do Globo, sobre o caso da brasileira supostamente atacada na Suiça, como o tal "gênero" humano.

É isso aí, gente! é como os beijos de carnaval, uns ósculos sem motivo aparente, mas que acontecem num piscar de olhos, e quando um se dá conta, já beijou ou foi beijado.

Beijo tem idade, lugar ou necessidade de explicação? talvez sim, talvez não, mas o fato é que há beijos surpreendentes, outros há, malediscentes, e os há, ainda, inconcebíveis, por preconceito ou por religiosidade, pouco importa, mas é difícil imaginar por exemplo, Obama beijando Hillary, na boca, em plena Casa Branca, enquanto o mundo pára e tudo se revira, desde a história da estagiária, ou da conquista negra à presidência americana.

Mas eis que na plenitude da vida, alguém beija por impulso, e o carnaval compensa as loucuras, isto é, minimiza seus efeitos, lembrem do Itamar com a moça sem calcinha em plena avenida, num carnaval passado, enquanto o mundo ria do Brasil, nós nos perguntávamos onde estaria a segurança presidencial que não livrou o mandatário tupiniquim daquela bomba de efeito imediato?

Pois bem, uma foto é uma foto e depende de ângulo, todos sabemos. Xodó e chamego não tem partido, disso temos certeza, como também, sabemos que amor e tesão não tem idade subscrita em receituário médico, nem por certo, há medidas cabíveis para impedir um beijo entre amigos, o tal selinho que a Hebe setentona tornou popularíssimo entre seus espectadores sedentos de prazer por tabela.

Assim, vejamos, um beijo entre Ideli e Sarney, como uma foto-fofoca, pode suscitar diversas considerações, mas um beijo é um beijo, o resto é outra conversa, as leis, ora, eles estão lá para isso, legislam, e, pode ser até que o façam em causa própria, com o voto conquistado, de tantos milhares de eleitores ávidos para serem osculados com melhores dias em suas vidinhas sem beijos, talvez até com alguns beijos de judas, daqueles que enganam as promessas de futuro e mordem a jugular, vampirizando esperanças em terras de povos excluídos.

Tiremos conclusões, mas não a priori, deixemos que alguém se pronuncie, oficialmente sobre o beijo do plenário, em plena vigência das faculdades mentais plausíveis, digamos que uma coletiva com suas excelências, para explicar a atitude, resulte em conversa afiada, declarando para toda a nação que haverá casamento de ideais, ou juntamento de necessidades, ou acordos bilaterais, ou, para gáudio dos brasileiros e brasileiras, um novo amor à vista, que sobressaltará os bastidores da política nacional, além de questionar os porquês desnecessários.

É apenas um beijo, minha gente! Olha o carnaval aí de novo! Grita o Neguinho da Beija Flor, este sim, precisando dos nossos beijos de orações em sua luta contra o mal que lhe atacou, em nome do bem que todos desejamos a todos, mesmo aos que beijam fora de hora, que se os perdoem ou se os saúdem, dependendo do ângulo cultural, religioso, partidário, de que se observe as causas e consequências de tal atitude.

Como quem canta, seus males espanta, talvez, quem beije, seus pesares se dissipem, com o testemunho dos plantonistas noveleiros, aliás, há um espaço seguro para os protagonistas de amores proibidos na novela das oito, em pleno caminho para as índias, passando pelas estradas que ligam o Maranhão ao Sul do Brasil, e por favor, coloquem uma trilha sonora neste beijo ontológico. Nem me atrevo a sugerir, mas deixo com a imaginação dos leitores a escolha de tal canção para ser ouvida ao fundo, ao se olhar esse beijo parlamentar emérito. Como me coça a língua, vou arriscar: "Recebe o afeto que se encerra em nosso peito juvenil", é , um hino à bandeira brasileira, como diria o Ancelmo, "faz sentido".
Aparecida Torneros

Um comentário:

Unknown disse...

cidoca obj desses2 te inspirou legal. gostei muito.
meu beiao pra ti,dalva