Maracanã

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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Quando o inverno chegar... na viagem da Vida...

Quando   o  inverno  chegar... na viagem da Vida...
 
Ando   buscando um  amor  para o inverno da vida.  A voz  de Tim  Maia ressoa dentro de mim... Reescrevo minha própria vida... Minha primeira viagem internacional foi em 1972, fui trabalhar no Japão.


Depois, em 1993, estive em Jacksonville, na Flórida, em casa de uma tia, levei meu filho, então adolescente.

No início de 99 fui conhecer a Argentina, onde voltei em 2006 e 2007, e vou de novo em março próximo.


Em 2005, durante o carnaval, fui ao Chile, adorei Santiago, Valparaiso e Viña del Mar.


Em 2008, passei alguns dias de outono em Nova York. Fazia um certo frio suportável, apenas uma noite, o termômetro marcou zero graus e o sistema de calefação do apartamento em que eu estava funcionou automaticamente.

O melhor daquele período foi que pude observar as cores da vegetação, amarela, rósea, alaranjada, em certos tons esmaecidos de um verde mutante. Também, o clima era de perplexidade econômica, iniciava-se a tal crise efeito dominó, as informações eram desencontradas, o mercado despencava, Obama fazia sua campanha, os sentimentos dos americanos oscilavam entre a má surpresa e a boa esperança. Felizmente, parece, um ano depois, eles já se organizam e superam a fase mais difícil.


Em 2009, na primavera, passei quase um mês viajando por três paises europeus. Espanha, Portugal e França. Na península ibérica, por duas semanas, percorri e conheci diversas cidades, de carro e de ônibus, tendo tido a chance de ver as flores alegrando as beiras das estradas, e o céu muito azul anunciando o tempo de florescer. Também senti frio, umas poucas vezes, o tal frio suportável, utilizando casacos, botas, gorros e até luvas.

Em Paris, vivi dias inesquecíveis, aprendi o máximo que pude sobre a cultura francesa, no primeiro contato com seu povo. Deslumbrei-me com tudo, e voltei disposta a falar a língua, a qual estudo já há alguns meses.

Em agosto de 2010, fui ao Uruguai, conheci Montevidéo, Sacramento, Punta del Leste.

Programei voltar à Europa, em 2011 e a viagem foi de 25 dias. Incluí a Itália no roteiro, pois aquele país, com sua história e seu ar romântico, me estimularam a curiosidade e o envolvimento emocional. Voltei a Paris e à Lisboa.

Em maio próximo, por obra do Deus Amor,  vou de novo a Paris, com um casal de amigos, vou encontrar meu "amour" e voltaremos juntos ao Brasil.

Preciso também conhecer o sul da Espanha, a  bela Andaluzia. Granada, Sevilha, Córdoba, Almeria, Torremolinos, Alicante e já penso em ir em agosto e setembro deste 2012.

Gosto de viajar no momento do clima temperado. Parece que me sinto melhor, concluí, fora das estações extremas, verão e inverno. Há qualquer coisa de profundamente equilibrado em estações como primavera e outono. Quem sabe é como a maturidade apaziguadora?


Portanto, já que eu vivo no Rio de Janeiro e tenho que viver os dias tórridos do verão carioca, tentando compensar o calorão para conseguir ultrapassar os picos de canícula, também posso me deixar acarinhar por alguns poucos dias de inverno verdadeiro que acontece debaixo do Equador, em minha terra tropical.


O intenso brilho da estação fogosa, enseja muitos amores de verão, os que sobrevivem desde os dezembros até os carnavais, e se alimentam de samba e suor, praia e chope. Não resistem à pasmaceira das estações temperadas.


Já os amores de inverno, estes são os realmente profundos. Quando as pessoas resolvem ser fiéis e se dedicam aos seus parceiros , eleitos dos seus corações, se definem como tranquilas de alma e corpo, esbanjando modos de viver em paz, aninhadas nos braços dos seus amados e amadas. Vivo o instante de me render ao amor do meu inverno. Já o encontrei, ou melhor, ele me achou... e tudo caminha para que nos façamos companhia um ao outro, nos dias frios que , na nossa velhice, já não serão solitários como imaginamos antes.

Na primavera da vida, esperamos que o verão nos queime de desejos para que depois, ao chegar o outono, saibamos vive-lo com leveza e a sensação do quanto já vivenciamos e aprendemos sobre cada sentimento.

Aí, quando nos surpreende o inverno, aquela fase da aposentadoria, da liberdade para saborear a vida sem correria, vamos em busca enfim do aconchego permanente e eterno de alguém que nos acolha em seu carinho e nos permita também aconchegar seu espaço em nossos braços.


Acho que os próximos outonos, e por muitas primaveras, seguiremos, juntos,  viajando, conhecendo lugares e povos.


Mas, nos verões, não posso abrir mão do fogo das areias e das caminhadas pela beira mar.

Quanto aos invernos, meu  amor, ainda bem , que terei sempre a sua companhia, e já o elegi, meu cobertor de orelha! 


Marie Cida Torneros

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