Maracanã

Maracanã

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Vida que segue, Ano novo, bienvenue chez moi!

Talvez eu misture os tempos, agora, porque me é permitido. Historias de Vidas que talvez se tenham cruzado e descruzado, no embaraço dos dias e noites atravessando décadas. Um menino de 16 anos se viu em Paris no final dos anos 60. O irmão mais velho trabalhava com um grupo de lambada, ele partiu curioso, deixou o Brasil pra trás. Foi ser artesão, hippie que viajava até Saint Tropez, vendia bijus, pegava caronas. Uma jovem sonhava com ideais de democracia e ia nas passeatas. Estudavz, lia muito, queria trabalhar, sonhava com um Brasil sem ditadura. Em 68, ela acompanhava as barricadas dos estudante e vibrava. O jovem estava lá e entendia pouco do que se passava. Mas a vida se encarregou de puxa-lo a um destino de construir família francesa. Fixou-se po lá, foi trabalhar na Peauget, as tres filhas cresceram, seus pais portugueses ficaram e estão aqui, no Brasil, Rio de Janeiro. Neste dezembro, a mãe completou 80 e o pai tem 85. Ele vem visita-los sempre que pode. Divorciado há muitos anos, pensa em se aposentar e viver mais no Rio. Uma história de gente com sangue emigrante. Gente que sai, que busca, que se aventura. Ela o conheceu em 2009, em Paris, lá se vão quase 5 anos, perderam-se, já passaram dos 60 e a vida é feita de lucros em termos de sentimentos e perdas pela sua propria natureza finita. Ambos sabem. Estao cientes da efemeridade dos encontros da Vida. Mas, acharam-se outravez. Ele chegou no auge do calor de fim de ano, ela o recebe, feliz. Conversam, riem, creem no destino, nao fazem planos, vivem cada dia, estão serenos. Ela exerceu o jornalismo por 40 anos e se aposentou.tem mãe completando 87 por estes dias. Vão virar o ano juntos! Em paz, com alegria. Cada um tem muitas historias de amor para contar. Não se importam, sabem que todos precisamos trazer conosco muitas histórias. Que o tempo as valoriza e as torna parte da nossa lenda pessoal. Estiveram juntos em Paris, 1968, nmpem sabiam, era um encontro de testemunhas. Estiveram tete a tete em Paris, em 2009, tomaram um cafe no Du Flore. Estiveram juntos em Paris, em 20011, em pensamento e lembranças. Nem se viram. Estiveram juntos no Rio, em março de 2013, sem se comunicarem, ele não tinha o telefone novo dela. Estiveram juntos, inusitadamente, de novo, quando ele a encontrou atraves do blog, deixou um coment e ela respondeu. Ontem, ele voltou ao Rio e estiveram juntos num restaurante para almoçar. Hoje, o ano novo virá daqui a algumas horas e eles vão, juntos, saudar a virada em Copacabana. 2014? Mas parece 68. Deve ser 2009. Não, o ano é o do tempo atravessado. Quem somos nós, desfolhando páginas de nossas histórias enquanto os sentimentos surpreendem e arrepiam? Ele vem à minha casa, benvindo, é um ser que me ajudará a passar de ano. Eu o ajudarei a ultapassar o amor humano, somos bons passageiros, imigrantes, viajantes, ciganos, hippies, inquietos amantes das próprias hietorias das nossas vidas andarilhas! Nossos nome de batismo, Maria e Antonio, mas só nos chamamos assim: Marie e Antoine! Cida Torneros

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

oncinha saindo da toca

Outravez, Natal, uma festa da família, tradição cristã ocidental, encampada pela cul cultura capitalista, explorada pelo consumismo desenfreado, travestida pela necessidade de sentimentos de amor verdadeiro, coisa que o mundo precisa muito e que a humanidade derivou na mercadoria mais preciosa, confusamente, esse estado de não identificação do quanto ser pode ser mais gratificante que ter. Ultimamente, em função de crise recorrentes de dores na coluna vertebral, vivo entocada, saindo pouco. Ontem, como uma oncinha, saí da toca e fui encontrar duas amigas. Comemos juntas, aproveitamos para troca simbólica de presentinhos como sabonetes, batom, brinccos de bijuteria, carinho, muito carinho. Hoje, vou para a casa da mamãe, encontrar família e festejar o Natal! Nada é mais valoroso do que o sentimento sincero. Amor se sente, se demonstra, se valoriza, se respeita, se constrói, se cultiva e sobretudo, se faz por merecer. Perder-se do amor é perder o rumo de si próprio, e, a vida ensina, o mundo é duro, as orovas são muitas, o tempo só arrefece o implacável, colhe-se o que se planta e como animais protegidos na floresta, aprendemos a conviver com as sombras da noite e o disfarce das folhagens. Um passeio ao sol, uma visão do mundo lá fora, e, logo, ensimesmada, volto a mim, sou agora uma fera acuada, defendo-me, estou cansada, mas, ainda luto, sobrevivo, prezo amor e amizades, sou feliz, e, se necessário, ataco para me preservar, é minha condição humana, sem contudo, intencionalmente, humilhar ou destruir. Apenas, aprendi que é preciso saber viver! MARIA APARECIDA TORNEROS

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Opinião Pública brasileira e a cultura odiosa das elites! Revendo a teoria!

Nos anos 70, cursei o Mestrado de Comunicação, na UFRJ, em tempos de muita teoria e lutas pela volta ao Brasil sonhado e democrático. Minhas leituras e logo a seguir as aulas que comecei a dar em universidade nos cursos de Jornalismo, compreendiam muitas observações, discussões e havia espaço para acompanhar a febre das pesquisas de opinião, com suas potenciais margens de erro, sem fatalmente não descartar o vício elitista de coontrole e comando por parte dos poderes dominantes, em especial, o domínio economico atrelado ao modelo capitalista comoetitivo one as verdades, gostos, escolhas, podem ser e são conduzidos no inconsciente coletivo pela massificação a que estão sujeitos os receptores das mídias avassaladoras e tradicionais, as populares redes de comunicação, verdadeiros monopolios de audiência, orquestradoras de opinião. Fui buscar hoje, um livro que usei muito com alunos para estudar opinião pública, de autoria de Monique Augras, imaginando até que poderia ser considerado ultrapassado tendo em vista a nova realidade da tecnologia de um mundo fantastico propiciado pela informática e o movimento intenso das chamadas redes sociais. Mas, o que me cabe constatar é que a autora segue sendo atualissima nos seus conceitos básicos. Em anexo , coloco uma resenha datada de 2008, de uma mestranda, o que me ajuda a refletir sobre o momento brasileiro, de um odioso e flagrante estado de vingança elitista sobre o episódio denominado mensalão, transmitido via mídia massificante, formatando por seu lado. Um tribunal que fanatizou e alienou parcela da população, mas, não conseguiu refletir tal conjunto de fatores degradadores, na imagem positiva e crescente da Presidente do Brasil, o que parece um paradoxo noscresultados das oesquisas de opinião. Uma frase do livro sempre me impressionou: " a opinião publica é o sentimento do povo". Pergunto quem é o povo, realmente? É aquele que no fundo não e bobo, pode até ser conduzido em algumas instâncias, sente na pele os problemas de saúde, transporte, educação, sim, mas não deixa de perceber suas conquistas sociais e intui sobre as diferenças de classe quando estas diferenças diminuem e ele, povo, alcança niveis superiores de qualidade de vida . Por mais que o teatro jurídico do julgamento do mensalão tenha sido bem articulado ou conduzido, toda a corrupção deve sim ser punida, sem contudo permitir que a cultura da odiosa competição entre poderes ou partidos ou classes ou minorias versus maioria possam se arvorar de detentores da opinião pública brasileira, e nisso, a teoria fundamentada se faz sentir na pratica das pesquisas, para espanto de uns e a constatação de outros, onde me incluo. Sinto-me como ser que observa a pequenez dos imediatistas e a grandeza dos pacientes da geração que continua sua luta pela igualdade de oportunidades que é direito da população deste Brasil que clama pelo banimento desta infeliz cultura atrasada de semear ódio em lugar de construir uma sociedade positiva e conciliadora. Que 2014 nos seja mais amoroso e menos rancoroso, desejo a todos, gregos e troianos, corruptos e corruptores, grande midia e altenativos, julgadores e inocentes, elites e povão, tudo junto e misturado! Cida Torneros Resenha Sobre O Livro Opinião Pública Publicado em 27 de setembro de 2008 Ao iniciar a leitura, é possível encontrar a justificativa de AUGRAS (1970) para a pesquisa em questão. Segundo ela, conceitos considerados apreendidos acabam por se revelarem ambíguos, vagos e indeterminados, quando o investigador levanta um questionamento sobre eles. E é para transcender aos equívocos gerados por esta questão que a autora realiza este trabalho e publica Opinião pública.Tal problemática se confirma no trecho do texto: "No nível individual, opinião confunde-se com atitude. No nível coletivo, aparece como entidade mítica: a opinião pública é o sentimento do povo", (AUGRAS, 1970, 12). Na tentativa de encontrar um conceito para opinião pública, AUGRAS (1970) faz um resgate histórico do seu surgimento e trajetória. Ela recorda que, nos fins do século V a. C. , em Atenas, Grécia, surgem os líderes de opinião, homens políticos que conduziam o povo, mulheres e escravos não faziam parte deste grupo. A sistemática romana é idêntica. Já nas Cruzadas, ocorridas na Europa, durante a Idade Média, surgem as propagandas que serviam para recrutar homens e angariar fundos para as investidas, onde as opiniões diversas eram consideradas heresias e reprimidas. No Renascimento, ganha destaque o indivíduo e, com isso, o direito de diversidade de opinião. No entanto, no plano político, que surge o demagogo, que procura conquistar a opinião do povo e dele ser o representante, quem por vezes acaba sendo manipulador. Em 1789, verifica-se, durante a Revolução Francesa, que a opinião proclamada como sendo a do povo pertencia, na verdade, a um pequeno grupo que estava no poder. No século XIX, ocorre a primeira revolução industrial e surge a imprensa e o foco passa para os problemas sociais e econômicos. Com o século XX, tem-se a democracia moderna e as novas técnicas de manipulação de opiniões; a opinião pública serve para avaliar os atos governamentais. É o que expressa a autora: "Na era das comunicações de massa, a massa teria condições de informar o governo sobre as repercussões de seus atos, num processo continuo de feedback," (AUGRAS, 1970, 15). Mas AUGRAS (1970) opta por tomar como base a concepção de BERGER (1957) sobre o assunto: "... a opinião é um fenômeno social. Existe apenas em relação a um grupo, é um dos modos de expressão desse grupo e difunde-se utilizando as redes de comunicação do grupo," (AUGRAS, 1970, 16). Ela expressa ainda a necessidade de abandonar o entendimento da opinião pública como se fosse uma entidade mítica e, em seu lugar, dedicar-se a estudar as modalidades da opinião dinâmica, mais próxima da conscientização. E para isso investiga os fatores que a influenciam: fatores psicológicos, sociológicos e históricos. Para o esclarecimento do primeiro deles, o psicológico, AUGRAS (1970) diferencia dois termos normalmente tidos como sinônimos: a opinião, que se relaciona a crenças e ideologias, e a atitude, que se refere a um aspecto mais concreto. Mas é relevante considerar que a opinião expressa, sobretudo, aspectos afetivos. E a idealização segue estes mesmos mecanismos: ao idealizar o seu próprio grupo ou outro, cria-se estereótipos. Assim, fatores afetivos e não racionais influenciam as opiniões e podem levar à ação. Dentro dos fatores sociológicos, ela estuda os econômicos, os ecológicos e os grupos. Isto porque o estudo da opinião é de caráter social e deve ocorrer de forma contextualizada. De acordo com pesquisas de A. KORNHAUSER (1950 apud AUGRAS, 1970), as diferentes classes econômicas apresentam opiniões diversas, podendo ser reformistas ou conservadoras. Já em relação aos fatores ecológicos, seriam as características geográficas e climáticas que definiriam o modo de vida e a economia de uma região, fugindo à regra os grandes centros em que a tecnologia altera as condições do clima local. Por último, estão os grupos, que podem ser divididos por sexo, idade e etnia. Há sociedades em que a opinião da mulher ou do jovem perde valor em detrimento da opinião do homem ou de uma pessoa mais velha. Em relação aos grupos étnicos, a autora destaca a valorizaçãoHá social: "As pessoas de cor situam-se geralmente nas classes mais baixas da escala social. Os indivíduos vão clareando à medida que sobem. Status e cor se complementam," (AUGRAS, 1970, 42). Segundo ela, é importante a comunicação existente dentro de cada grupo, pois entre as relações destes indivíduos ocorrem processos de transmissão de informação. Como influência do fator histórico sobre a formação de opinião, tem-se o acontecimento. Este, por sua vez, tem influência objetiva sobre as instituições e os indivíduos pertencentes a elas, o que acaba por afetar suas opiniões e atitudes, servindo como exemplo para estas as crises nacionais e as guerras. Recorre-se a A. SAUVY (1956 apud AUGRAS, 1970, 46) para compreender as deformações sofridas pela informação ao ser exposta à opinião: : se há interesses materiais em jogo, a distorção faz-se no sentido que os favorece; : se há paixões em jogo, o desvio vai no sentido de justificar ou reforçá-las; : se fatos interessam à causa coletiva, reforçam a coesão do grupo; : e, resumindo: as distorções sinceras são as mesmas que as desejadas. Desta forma, fortalece-se a idéia de que os fatores afetivos e irracionais acabam por influenciar uma corrente de opinião. Por isso, são tão utilizados para manipular a opinião, e neste estudo têm especial atenção a persuasão e a propaganda. Logo no início do terceiro capítulo, a autora afirma que, atualmente, a informação do indivíduo não depende exclusivamente da relação que estabelece com os seus grupos, graças à cultura de massa, à comunicação de massa. Como meios de comunicação de massa, temos a imprensa, o rádio, o cinema e a televisão. Em todos estes meios, é possível verificar a ocorrência dos três objetivos da comunicação divertir, formar e informar. Para AUGRAS (1970, 52), a propaganda formação de opinião mais eficaz é aquela utilizada nos jornais "para divertir". Entretanto, é neste contexto que ocorre o deslocamento do indivíduo que, em um primeiro momento, lutava para ter direito de expressão e que, por fim, torna-se objeto desta causa em que ganham destaque as técnicas de manipulação de opinião e atitude. Tais técnicas são difundidas pelos meios de comunicação, que, por terem custo elevado, são dirigidos por grupos poderosos e se utilizam desta estrutura para reforçar, criar ou remover atitudes e opiniões. Muitas vezes, é muito eficaz a propaganda baseada apenas na avaliação intuitiva das motivações inconscientes, mas é importante recordar que os tópicos do Capítulo 2 deste livro dão subsídios para uma investigação não-empírica. Ainda em relação à conquista pelo inconsciente, AUGRAS (1970, 68) escreve: Com efeito, na medida em que se propõe a atuar através da utilização dos mecanismos inconscientes, a propaganda aparece como um conjunto de técnicas para difundir mitos. Desse ponto de vista, há pouca diferença entre a propaganda religiosa e a política. Até mesmo a publicidade que se enquadra, como a propaganda, dentro das técnicas de persuasão de massa tende cada vez mais a oferecer símbolos que vão insidiosamente substituir o objeto. É certo que as campanhas publicitárias exploram os aspectos emocionais e irracionais. Como instrumento muito utilizado, têm-se os estereótipos verbais, que inibem a individual e dão a idéia de padrão entre os indivíduos de um mesmo grupo. A partir de então, o estereótipo pode ser apresentado de forma positiva ou negativa. Assim a realidade fica comprometida e há mais espaço para a distorção e para a interpretação tendenciosa. Já no âmbito da expressão pública, têm-se dois caminhos: a não-institucionalizada o boato, e a institucionalizada o sufrágio. A confirmação da importância que ganha o primeiro surgiu durante a Segunda Guerra Mundial, com o problema dos boatos durante o conflito: investigadores se obrigaram a compreender o fenômeno para sua prevenção e repressão e, depois, para teorizar de forma científica sobre o assunto. A condição principal do boato é a ambigüidade, ou seja, a carência de informações seguras e objetivas. Ele ocorre em um meio social homogêneo, entre indivíduos que possuem os mesmos interesses. O sufrágio, por outro lado, seria a expressão da opinião pública que, com o voto individual, elegeria o seu representante. Mas o que se verifica é que, na maior parte dos países democráticos, o eleitorado é selecionado por fatores como idade e grau de instrução, agregando-se a isto a variação do comparecimento às urnas. Numa segunda parte da obra, AUGRAS (1970) apresenta diferentes métodos para pesquisar a opinião pública, já que, como foi abordado anteriormente, tal opinião constitui, atualmente, objeto de desejo de grupos que detêm o poder. Segundo ela, este tipo de pesquisa utiliza a metodologia aplicada no campo das ciências sociais, podendo variar a técnica, mas permanecendo o esquema básico do trabalho científico: identificação do problema, formulação de uma hipótese e verificação da validade da mesma. As pesquisas sobre o assunto sempre custam muito. Por isso, é difícil encontrar instituições que tenham interesse em investigar de forma objetiva a opinião pública. É freqüente que os grupos que buscam patrocinar tais pesquisas estejam interessados em evidenciar a existência de opiniões favoráveis para seus interesses, fato que vem a comprometer a estrutura e o resultado da pesquisa, visto que, se há a formulação da hipótese, os esforços serão empreendidos no sentido de confirmá-la. Entre as técnicas clássicas de observação, destacam-se a indireta (estuda documentos) e a direta (trabalha com as pessoas); esta pode ser intensiva ou extensiva. Embora seja um trabalho diferenciado, as etapas essenciais são comuns a elas, como a definição do problema, o levantamento de dados, a formulação dos objetivos, etc. DUVERGER (1961, 95 apud AUGRAS, 1970, 104) edita um manual sobre métodos de pesquisa em ciências sociais, e, segundo ele, os instrumentos para a realização da observação indireta, são muitos, e bem variados, os documentos nos quais os fenômenos sociais deixam sua marca: arquivos, levantamentos estatísticos, imprensa, documentos pessoais, instrumentos e ferramentas, imagens, fotografias, filmes, discos, fitas gravadas, etc..." Para o autor, o estudo da opinião pública não pode desconsiderar estas importantíssimas fontes de informação, pois são, praticamente, só, sobre elas que se apóiam as pesquisas históricas. Em um trecho em que a autora é ousada, ao afirmar que o jornal expressa a opinião que seus financiadores desejariam que seus leitores tivessem, conclui que, no conteúdo da imprensa, tem-se o material necessário para a investigação das tendências das influências dos grupos de pressão. AUGRAS (1970) estende o comentário para os demais meios de comunicação de massa, cujo crescimento depende cada vez mais dos grupos financeiros que os mantêm. No outro tipo de pesquisa por observação, a direta, tem-se como objeto de estudo os indivíduos ou grupos. As investigações são, normalmente, mais aprofundadas, levantando-se as atitudes e opiniões das pessoas, no intuito de conhecer as suas motivações e o dinamismo interno de suas atitudes e opiniões. A observação direta intensiva utiliza a técnica de entrevista individual, que pode incluir a aplicação de testes ou questionários e no final se faz necessária a participação de um psicólogo, desde a elaboração até a interpretação dos dados coletados. É fundamental, para que este trabalho seja eficaz, que o entrevistador ganhe a confiança do entrevistado que deve saber a dosagem certa de neutralidade e simpatia, além de ser objetivo e comunicativo. Esta entrevista, que pode seguir a técnica psicológica, possui dois tipos, o diretivo e o não-diretivo. No primeiro, o entrevistador segue uma lista de perguntas para investigar o assunto em pauta. No segundo, a entrevista deixa que o entrevistado se expresse mais à vontade; o entrevistador tem uma lista de temas a investigar, mas serve mais como referência para as atitudes do entrevistado. Assim, o processo ocorre de forma mais espontânea. Além da entrevista, têm-se as medidas das opiniões e atitudes. Este tipo de pesquisa procura a maior objetividade possível e vai ao encontro de um aprofundamento constante dos resultados estatísticos, que são, normalmente, apresentados em escalas explicativas. Para a realização da observação direta extensiva, geralmente são realizados inquéritos de opinião junto à população em que se deseja estudar. Este tipo de pesquisa possui dois aspectos essenciais: a escolha da população a ser questionada (amostragem) e a elaboração do instrumento de investigação (questionário). Para a real eficácia da pesquisa, é necessário que os seus aspectos sejam aplicados de forma rigorosa. No caso do Brasil, com a sua grande população, o inquérito deve ser aplicado por amostragem, ou seja, escolher uma parcela representativa e a partir dos dados coletados, inferir que esta é a opinião de toda a nação. Para a elaboração do questionário, é necessário a participação de uma equipe que, através das perguntas, leve em consideração fatores comopercepção, estereótipo, mecanismos de defesa, liderança, etc. Conclusão Apenas como forma de resgatar as impressões obtidas através da obra de AUGRAS, Opinião pública, é pertinente destacar a relevância do seu estudo, que serve como apoio para pesquisadores da área das ciências sociais. Neste livro, AUGRAS faz um recorte histórico do processo de formação da opinião pública ao longo dos séculos. E acrescenta a estes dados os fatores que são essenciais para esta conclusão, além dos diferentes tipos de pesquisas comumente empregados para levantar o meio como isto se dá. Mais especificamente sobre o conteúdo impresso em pouco mais de 150 páginas, é interessante destacar que os dados trazidos pela autora constituem um rico manual de consulta para o pesquisador. Entretanto, as técnicas de pesquisa devem sempre ser adequadas à realidade da população a ser pesquisada. AUGRAS, Monique, Opinião pública. Petrópolis, Vozes, 1970. GASTON BERGER, et. al., L'opinion publique, Université Aix-Marseille, Insitut d'Etudes Juridiques de Nice, Paris, PUF, 1957. KORNHAUSER, A., Public opinion and social class, in "The American Journal of Sociology", col. LV, nº 4, jan. 1950, pp. 33-345. SAUVY, Alfred, L'opinion publique, Paris, PUF, 1956. DUVERGER, Maurice, Méthodes des sciences sociales, Paris, P. U. F., 1961, p. 95. SOBRE ESTE AUTOR (A) Tania Regina Martins Machado Licenciada em Letras Espanhol pela UFSM em março de 2007, cursando Letras Português e Mestrado em Estudos Linguísticos (UFSM) (7) artigos publicados Membro desde setembro de 2008 COMPARTILHE ESTE ARTIGO Twitter Facebook VOLTAR Versão clássica

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Wounda, a chimpanzé que abraçou e agradeceu!



/

16 DEZEMBRO 2013

Chimpanzé ao ser libertado dá um abraço emotivo a quem o salvou da morte
VER DEPOIS  FAVORITOS
Esta chimpanzé, de seu nome Wounda, foi resgatada da selva do Congo pelo Instituto Jane Goodall em péssimas condições, após caçadores furtivos matarem a sua mãe. Quem cuidou de Wounda foi a famosa primatóloga britânica Jane Goodall e a veterinária Rebeca Atencia, que após um período de recuperação no instituto, a devolveram ao seu habitat natural. E foi precisamente nesse momento que Wounda surpreendeu tudo e todos com um gesto que emocionou a equipa do Instituto... abraçou Jane Goodall de forma carinhosa, mostrando a sua gratidão por tudo o que fez para a salvar.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

"menina"bonita e elegante, sessentona?


Recebi elogios à esta foto tirada no domingo dia 15 de dezembro. Como as palavras chegaram via email, desde a França,  mandadas por alguém que não vejo há 4 anos, tenho cá minhas dúvidas quanto a interpreta-las. Seriam um pedido de renovação de amizade, de volta de namoro atabalhoadamente interrompido ou somente a gentileza conquistadora de um homem sozinho no momento? 
De qualquer modo, um carinho em forma de adjetivos é sempre bem vindo, e nos faz vibrar como se a esperança de felicidade e momentos agradáveis imaginados.
Entretanto, as idéias se embaralham. Penso nas decepções e nas difíceis voltas que  dei para  superar aqueles dias em que me senti humilhada,  trocada, abandonada e esquecida, ofendida também.
Perdoei, mas não esqueci. Desejo o bem mas não tenho certeza de que teria estrutura para recomeçar nada, por enquanto. O tempo passou. Sonhos se despedaçaram, lágrimas escorreram, sorrisos voltaram à custa de muita vontade de resgatar auto confiança.  Minha saúde já não suporta aborrecimentos e mentiras. Mudei. Não continuo a ser a menina bonita e boba, confiante e elegante, virei a risonha criatura que se valoriza mais, a madura mulher que se sustenta com sacrifício,  a aposentada profissional cuja experiência serve para se colocar assim, na expectativa de aceitar o elogio ou de me olhar no espelho e verificar que junto da menina bonita e elegante, sobrevive a senhora vivida e cautelosa!
Cida Torneros

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O mistério e a força dos nomes compostos femininos


Quando fui publicar meu primeiro livro, assumi o nome Maria Aparecida, o de batismo, pois, ao longo da carreira de jornalista, profissionalmente, sempre assinei apenas Aparecida Torneros.

Em família,  sou a Cidinha, para meus amigos estrangeiros, a Maria, nome da minha avó materna, que não conheci. Para os companheiros de profissão sou a Cida.

Entretanto, uma intuição me acompanha, sobre o mistério dos nomes compostos.

Amigas que fui ganhando na vida, observei a força dos seus nomes compostos. Lena Rubia, Sandra Mara, Marion Elizabeth,  Elza Helena, Ermelinda Rita, Rosana Magna, Carmen Dolores, Regina Lucia, e um dia tive o prazer de apresentar duas,uma à outra, Cristina Marcia e Marcia Cristina.  As Veras, combinadas com Regina, Lucia, Augusta, este era de uma tia, Irmã do meu pai.

A Regina Celia, minha prima saudosa, a Carmen Lucia, outra prima, a Magda Regina, prima e afilhada, sem falar nas Anas, Ana Paula, sobrinha e nome de amiga também,  Ana Clara, Ana Beatriz, Ana Claudia,  Ana Amélia,  Ana Maria, entre muitas.

Marias, um número imenso, como eu, ligadas à Carmen, Luiza, da Graça ( tia amada), Antonia, da Penha, etc.

Minha prima, americana, filha do meu tio avô espanhol, Dolores Manuela, a amiga de colegio Diene Dayse,  Margarida Helena, companheira diária de face, a prima Lucia Helena, Sandra Regina ( prima amada), Maria Beatriz, Maria de Jesus, Alcina Maria, esta, cunhada querida.

Assim, vou colecionando nomes compostos femininos e observando sua força.  Como combinam e como marcam sua presença.  Lembrei da pequenina Aida Sueli, da turma ginasial, e da jornalista Marilia Gabriela.

Deve ser questão de complementaridade intuitiva, quando os pais escolhem combinar nomes que muitas vezes pareceriam incompatíveis.

Tereza Cristina, amiga que perdi, Maria Tereza, amiga que sumiu, assim como Maria Leonor, Liege de Fátima,  outra que não vejo há muito tempo, muitos nomes femininos compostos, variável como Sonia Regina, e a Leila Léa,  inesquecivel chinesinha que estudou comigo na adolescência.

Mas, de todos os nomes compostos que conheci,  até agora, o que mais me chamou atenção foi o da cantora e atriz espanhola, falecida há pouco tempo. Seu nome de batismo é Maria Antonia Alejandra Vicenta Elpidia Isidora, mas, como artista escolheu ser Sara Montiel.

Maria Aparecida Torneros




saudades de Paris


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

contra-ataque do amor: Lendas de amor, histórias de paixão, ilusões de ...

contra-ataque do amor: Lendas de amor, histórias de paixão, ilusões de ...: O tal amor arrebatador, movido a gás novelesco, hollywoodiano ou espiritualista, existe muito mais na imaginação do que no dia a ...


segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Blog da Cida Torneros: Viajante de um mundo de utopia!

Blog da Cida Torneros: Viajante de um mundo de utopia!: Muitas são as formas de iludir-se diante do mundo violento que nos sufoca. Uma delas, seria desligar-se totalmente dos canais de co...

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

cartão de boas festas!

Hije recebi esre cartão de boas festas, veio de Vizeu, Portugal. Todos os anos, minha amiga, quase filha, Lena Teixeira, me envia um cartão assim, carinhoso, envolto em esperança.  Desta vez, ela fantasiou sua amada cadela Kiara, de Rena de Papai Noel, uma graça,  e como me fez feliz receber esta prova de atenção,  lembrança,  afeto, num mundo que anda tão necessitado de aconchego e sinceridade. 
Obrigada, jovem Lena, de coração,  esperando ansiosa o dia em que vamos nos abraçar pessoalmente e vou ttambém conhecer a simpatica Kiara, sapeca, inteligente e tão natalina!
Cida Torneros

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Terapia cognitiva, um salto na qualidade de vida!

Estou no consultório do terapeuta com um pedido de "help", mas, sei que a relação analista/paciente é, antes de tudo, confiança no profissionalismo que o atendimento requer e/ou inspira.
Tenho sorte. Meu terapeuta é renovador e estudioso. Depois de alguns meses sem visitá-lo, sou recebida com a grata surpresa da dinamica da psicologia cognitiva, que postula respostas mais imediatas. Vamos fundo. Os porquês são recolocados, o saldo positivo supera as dificuldades e o céu está muito azul, compreendo isso, através do novo olhar que dirijo a mim, em momento de redescoberta.
Vibrações positivas e muita força para enfrentar a luta, sacudir a poeira, observar o mar sem fim, penetrar no vento flutuante, lembrar de amigos que partiram, agradecer o quanto me fizeram feliz e o legado de carinho que me presenteiam, apesar da despedida.
Bom sentir que há muita luz  no meio do túnel.
Enfrente seus medos, digo a mim mesma e sigo, na quinta-feira,  com destino ao bom combate. Sei que o amor pela minha mãe é vivenciar, neste momento, seus problemas, cabe a mim, ter paciência,  compreender e ser solidária.
Vejo-me com a luminosidade das criaturas que buscam a superação,  aplaco os efeitos das dores fisicas, são pequenas lufadas, brisas inquietas que não tem poder suficiente para apagar o brilho do meu sol interior!
Grito um bom dia dirigido à vida que me acolhe e cerca. Fixei a imagem de flores coloridas se abrindo nas manhãs do meu jardim e me reconheço,  entre elas, decididamente, cognitivamente, sinceramente!
Maria Cida Torneros

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

bonjour

http://www.music-gratuits.com/music/Jean-Jacques-Goldman-La-Bas.php

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

contra-ataque do amor: Lendas de amor, histórias de paixão, ilusões de ...

contra-ataque do amor: Lendas de amor, histórias de paixão, ilusões de ...: O tal amor arrebatador, movido a gás novelesco, hollywoodiano ou espiritualista, existe muito mais na imaginação do que no dia a ...

segunda de esmalte azul!







Acordei antes das 6, mamãe na mesma, aquele estado de avançada idade, remédios,  lamentos, etc.
Saio para a rua com a sensação estranha de que faço o que posso e consigo. Dores nas costas que já fazem parte do meu dia a dia, mas, dentro de mim, uma vontade de ser feliz, sempre, apesar de tudo. Entro na drogaria e escolho um vidro de esmalte colorido. Vou direto à manicure. Aproveito também e ajeito os cabelos, quero ser bonita para mi mesma. Nem consigo pensar em passear ou ir ao cinema. Venho para minha casa e me fotografo. Assim, de esmalte azul, numa segunda-feira.  Dou uma olhada no nome do esmalte e confirmo a intuição,  está escrito: MAR SEM FIM!
Tem coisa mais linda que olhar o mar?
Cida Torneros

domingo, 1 de dezembro de 2013